IDENTIFICAÇÃO: 

Nome: Associação Quilombo Kalunga

Presidente: Jorge

Número da DAP Jurídica: 

Endereço: Cavalcante, na Saída para Santa Bárbara.

Origem produtos é do Território Kalunga.

Tempo de adoção das Práticas Agroecológicas:  ancestral

Deslocamento efetuado:  a sede é urbana. Deslocamentos constantes para estabelecimento de uma rede de fornecedores.

Fachada antiga da AQK

Dar suporte inicial a estruturação de Unidade de Referência em Comercialização Direta da AQK em sua sede Urbana, realizando previamente uma aproximação da realidade e composição comunitária a ser contemplada em arranjo produtivo comercial. 

O trabalho busca valorizar tudo que já vem sendo feito autonomamente pela AQK e outras organizações de apoio a produção e comercialização no Território Kalunga.

Objetivamos especificamente é elencar o que já é produzido e comercializado, procurando iniciar a organização das cadeias de valores dos produtos com uma pré-diagnose de ações de melhoria das condições de produção e principalmente relativa às boas práticas seguindo normas sanitárias e de apresentação e registro.

O Empório Kalunga, tem sua relação desenvolvida no âmbito do projeto, concomitante e complementar à organização dos grupos de mulheres Quilombolas. É uma ação coordenada e complementar. Assim estamos envolvidos territorialmente com os grupos de Mulheres das comunidades de EMA, Diadema, Abobreiras, Vão do Moleque, Mãe do Óleos no Vão de Almas, São Domingos. Estão sendo organizados outros grupos de forma espontânea, em Engenho II, no Riachão, Limoeiro e algumas outras comunidades do Vão do Moleque. Também deve estar interligado a este sistema o grupo de mulheres de São José. 

Temos por trabalho já realizado, o estabelecimento da relação do IA com a AQK, com a presença da diretoria do IA e equipe do projeto em Cavalcante.

Seguimos por uma diagnose sobre o que vem ocorrendo enquanto nos envolvemos em uma atividade que foi realizada por uma organização que presta apoio médico no local do Vão do Moleque. Tratava-se justo de uma atividade de melhoria dos processos de produção de doces e conservas de forma tecnicamente correta. Boas práticas de processamento de frutos do cerrado.

Após essa ação tivemos acesso aos dados de uma diagnose que vem sendo realizada pelo IEB na região do Território Kalunga. Um trabalho mais aprofundado nessa documentação informará adequadamente detalhes importantes para a execução futura de projetos.

Ainda como estratégias de fortalecimento do protagonismo juvenil, o projeto desenvolve cursos de capacitação e educação agroecológica, como por exemplo o curso online de “Conservação e Produção de Recursos Genéticos” promovido em parceria com a Embrapa. E, também incentivamos os jovens com ensino médio no ingresso em cursos técnicos e de graduação de instituições de ensino parceiras da Rede Pouso Alto Agroecologia como o Instituto Federal Goiano (IFGoiano) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG) que ministram cursos de formação técnica e de graduação em Agroecologia.

O grupo do assentamento do Silvio Rodrigues com a presença de jovens do assentamento do Esusa,  foi formalizado através de uma reunião com lista de presença, roda de conversa e a formação de um grupo whatsaap.

Outros grupos detectados e alguns contatados em fase de reconhecimento e mobilização:

Grupo de jovens do povoado do Moinho, Grupo de jovens do povoado do Sertão ambos em Alto Paraíso de Goiás, Grupo de jovens de Campos Belos, ligados à UEG e ao IFGoiano e um grupo de jovens mulheres de São Domingos e do assentamento Rio Bonito localizados em Cavalcante.

A maioria destes grupos são da área rural ou tem experiência com agricultura, por isso entendemos que a formação agroecológica é uma oportunidade de continuarem seus estudos buscando novas técnicas de produção com base no desenvolvimento territorial e conservação do Cerrado, assim como a fixação dos jovens no campo podendo colaborar profissionalmente com suas famílias agricultoras. O projeto ainda prevê para a disposição de alguns equipamentos ou insumos para os grupos formalizados conforme a demanda e organização local.

No projeto da Rede Pouso Alto Agroecologia as mulheres tem esses papéis reconhecidos, ora como agricultoras que podem compreender e praticar a agroecologia ora como extrativistas com longa experiência, o que representa manutenção das espécies do Cerrado tanto como base alimentar como medicinal.

Reconhecidas como grupos organizados e tendo a possibilidade de ter espaços mais estruturados para seu trabalho, essas mulheres podem dar um salto de qualidade em suas vidas, produzindo e comercializando alimentos saudáveis, plantando e trocando sementes e incentivando novas soluções criativas e coletivas, vencendo a desmobilização e os preconceitos de gênero.

Um diagnóstico inicial permite compreender o perfil do grupo, gera um protocolo e um plano de trabalho.

Esses grupos podem e devem interagir com as Unidades de Referência e/ou com as instituições parceiras (integrantes da REDE). 

O projeto prevê como estratégia de fortalecimento da agricultura familiar, principalmente no extrativismo, apoio a 15 grupos de mulheres existentes ou a serem organizados por intermédio da REDE. Estes grupos estão distribuídos pelo território e representam a base das organizações de produtores na região.

Os grupos de mulheres já identificados e em fase de organização são:

Mulheres das Águas em São João D’Aliança, União Feminina do PA Terra Mãe e Brilho do Cerrado do PA Boa Esperança em Colinas do Sul, Terra Mãe do PA Silvio Rodrigues em Alto Paraíso, Mães dos óleos do Vão de Almas, Mulheres Kalungas do Vão do Moleque, Mulheres Quilombolas de São Domingos, Mulheres Quilombolas de São José e Mulheres do PA Rio Bonito, todos em Cavalcante, Mulheres Kalungas Extrativistas da Ema e Mulheres Kalungas da Diadema em Teresina de Goiás; Rede Mulher São Vicente, Rede Mulher Bom Sucesso, Grupo de Mulheres da Feira da Agricultura Familiar e Rede Mulher Apicultora da Castanheira estes em Flores de Goiás e Grupo de Mulheres da Abobreiras em Nova Roma.

Estes grupos são coletivos de mulheres que buscam se organizar, em geral, para produção de alimentos, plantio de sementes e para incentivar um pensar coletivo de soluções.

Produtor: Produtores Cooperados da Cooperfrutos Paraíso

Nome: Cesta Camponesa

Endereço: sede da Cooperfrutos na região do Assentamento  Silvio Rodrigues

Tempo de adoção das Práticas Agroecológicas:  6 anos

A cesta camponesa surge da iniciativa de um jovem que já foi inclusive presidente da Cooperativa Frutos do Paraíso. Marconey teve a iniciativa de realizar essa atividade no sentido de poder auxiliar no escoamento dos produtos trabalhados no assentamento Silvio Rodrigues. Alguma dúvida do mesmo com relação se trabalhava para manter a cesta camponesa ou criar uma CSA. Nesse sentido a Rede Pouso Alto Agroecologia apoiou uma live sobre CSA com um palestrante da Associação Nacional de CSA’s. Assim, por iniciativa da Cooperfrrutos Paraíso, surgiu a Cesta Camponesa. 

Aproveitando a oportunidade e necessidade de momento, a Cesta Camponesa participou da campanha cesta solidária fornecendo produtos para a composição das cestas básicas doadas para os precisados em Alto Paraíso.

Atividade principal no projeto:

Comercialização de produtos da agroecologia e fruticultura orgânica dos cooperados da Cooperfrutos do Paraíso. 

Materiais e equipamentos previstos para o local:

• Trinta Caixas plásticas para transporte;
• Uma seladora elétrica;
• Um freezer;
• Uma Balança;
• Duas Tendas para feira.

Continuidade na Rede Pouso Alto Agroecologia:

A Cooperfrutos do Paraíso, segue com seu papel fundamental de organizar os produtores para acesso ao PNAE e PAA. Esse trabalho leva alimento de qualidade a mais de mil alunos da rede pública. Diversos desdobramentos e o plano de continuidade das atividades junto a REDE, deve ser o exemplo de comercialização solidária preconizado pela Pouso Alto Agroecologia.

Com uma estratégia presencial e virtual teremos uma melhor sinergia entre as organizações, viabilizando parcerias importantes.

Pelas características da agricultura familiar, do extrativismo e fragilidade socioambiental da região, será priorizado o trabalho com o agroextrativismo utilizando tecnologias de base agroecológica, seguindo os objetivos específicos
a seguir.

1 – Apoio à agricultura familiar e suas formas de organização em grupos de mulheres ejovens com orientação tecnológica para produção de base agroecológica.

2 – Orientação às associações de agricultores no desenvolvimento Institucional,organização e planejamento da produção.

3 – Sensibilização da população regional e da cadeia de valores do turismo (guias;pousadas; receptivos e casas de alimentação) para compra direta, valorização daagricultura orgânica e melhoria da qualidade da alimentação.

4 – Formação agroecológica através de intercâmbios, dias de campo, ciclo de palestrase oficinas com foco no uso dos produtos do cerrado.

5 – Estruturação de uma plataforma colaborativa para monitoramento e mapeamentoterritorial agroecológico e extrativista.

6 – Manutenção e reforço da parceria existente entre a Rede Agroecológica PlanaltoCentral, já parte integrante do ECOFORTE/2014 e a Rede Pouso Alto Agroecologia, emuma relação de transferência de tecnologias e abertura de mercado orgânico em Brasília.

Para os agricultores familiares, extrativistas e os consumidores de produtos orgânicos nossa proposta representa atenção especial.

Tanto a Assistência Técnica quanto a Extensão Rural na região são precárias e a falta de logística e infraestrutura para processamento e escoamento dos produtos também são entraves ao agroextrativismo gerando dificuldades.

Assim nossa ação pretende preencher essa lacuna melhorando as condições tecnológicas de produção e processamento, procurando através da criação de Unidades de Referência, gerar condições para demonstrar as possibilidades e potenciais
do agroextrativismo de base agroecológica na região.

Nesse sentido o projeto visa consolidar e dinamizar a REDE Pouso Alto Agroecologia ampliando sua capilaridade no Território da Chapada dos Veadeiros e seu entorno no Nordeste Goiano, viabilizando processos de formação agroecológicas,
produção orgânica e principalmente o extrativismo.

Através de estratégias de participação e mobilização presenciais e virtuais, potencializando assim a sinergia entre as organizações e firmando parcerias importantes.

Importante destacar alguns dos principais objetivos específicos do projeto da REDE:

Fortalecimento da parceria existente com a Rede Agroecológica Planalto Central, já parte integrante do ECOFORTE, em uma relação de transferência de tecnologias e abertura de mercado orgânico em Brasília; Estruturação de uma plataforma
colaborativa para monitoramento e mapeamento territorial agroecológico e extrativista – Mapas Territoriais Agroecológicos;

Apoio à agricultura familiar e suas formas de organização, reconhecendo a existência de 15 Grupos de Mulheres e 5 Grupos de Jovens e Orientação tecnológica para produção de base agroecológica, implementando de 15 Unidades de Referência
– URs na abrangência deste Território (Alto Paraíso, São João da Aliança, Teresina de Goiás, Colinas do Sul, Cavalcante, Campos Belos e Flores de Goiás).

Para algumas URs, Grupos de Mulheres e Jovens ainda será disponibilizado equipamentos para uso nas unidades produtivas.