É nos quintais que aparece claramente sua ação, onde estão os temperos, os chás, as mudas, muitas frutíferas. E isso já mostra a variedade, a diversidade tanto de espécies como de ações. Mas também tem papel nos roçados, juntos com os homens.
No projeto da Rede Pouso Alto Agroecologia as mulheres tem esses papéis reconhecidos, ora como agricultoras que podem compreender e praticar a agroecologia ora como extrativistas com longa experiência, o que representa manutenção das espécies do Cerrado tanto como base alimentar como medicinal.
Reconhecidas como grupos organizados e tendo a possibilidade de ter espaços mais estruturados para seu trabalho, essas mulheres podem dar um salto de qualidade em suas vidas, produzindo e comercializando alimentos saudáveis, plantando e trocando sementes e incentivando novas soluções criativas e coletivas, vencendo a desmobilização e os preconceitos de gênero.
Um diagnóstico inicial permite compreender o perfil do grupo, gera um protocolo e um plano de trabalho.
Esses grupos podem e devem interagir com as Unidades de Referência e/ou com as instituições parceiras (integrantes da REDE).
O projeto prevê como estratégia de fortalecimento da agricultura familiar, principalmente no extrativismo, apoio a 15 grupos de mulheres existentes ou a serem organizados por intermédio da REDE. Estes grupos estão distribuídos pelo território e representam a base das organizações de produtores na região.
Os grupos de mulheres já identificados e em fase de organização são:
Mulheres das Águas em São João D’Aliança, União Feminina do PA Terra Mãe e Brilho do Cerrado do PA Boa Esperança em Colinas do Sul, Terra Mãe do PA Silvio Rodrigues em Alto Paraíso, Mães dos óleos do Vão de Almas, Mulheres Kalungas do Vão do Moleque, Mulheres Quilombolas de São Domingos, Mulheres Quilombolas de São José e Mulheres do PA Rio Bonito, todos em Cavalcante, Mulheres Kalungas Extrativistas da Ema e Mulheres Kalungas da Diadema em Teresina de Goiás; Rede Mulher São Vicente, Rede Mulher Bom Sucesso, Grupo de Mulheres da Feira da Agricultura Familiar e Rede Mulher Apicultora da Castanheira estes em Flores de Goiás e Grupo de Mulheres da Abobreiras em Nova Roma.
Estes grupos são coletivos de mulheres que buscam se organizar, em geral, para produção de alimentos, plantio de sementes e para incentivar um pensar coletivo de soluções.
